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Correios afirmam estar renegociando empréstimo de R$ 20 bi, mas já citam outras alternativas

Por causa dos juros, Tesouro nega aval para empréstimo de bancos aos Correios Os Correios enviaram um comunicado aos funcionários, na noite desta sexta-feira ...

Correios afirmam estar renegociando empréstimo de R$ 20 bi, mas já citam outras alternativas
Correios afirmam estar renegociando empréstimo de R$ 20 bi, mas já citam outras alternativas (Foto: Reprodução)

Por causa dos juros, Tesouro nega aval para empréstimo de bancos aos Correios Os Correios enviaram um comunicado aos funcionários, na noite desta sexta-feira (5), com um balanço dos 60 dias da atual gestão que lista medidas para a reestruturação da empresa e reforça a necessidade de R$ 20 bilhões para a continuidade das operações. No comunicado, a direção dos Correios diz que está renegociando a proposta de empréstimo para enfrentar a crise financeira em que a empresa se encontra. Nesta semana, o Tesouro avisou à estatal que não aceita dar garantias a uma operação com juros mais altos do que o patamar definido pelo próprio Tesouro, que é de 120% do CDI. 🔎O Tesouro é um órgão vinculado ao Ministério da Fazenda responsável por administrar as finanças públicas, arrecadar e controlar os gastos do governo. Se os Correios fizerem um empréstimo e não conseguirem pagar, os cofres públicos ficarão com o prejuízo — motivo pelo qual o Tesouro analisa os riscos. O texto enviado aos funcionários dos Correios cita que "outras alternativas para solução dessa questão estão sendo construídas em parceria entre os Correios e o Tesouro, como veiculado em entrevistas do próprio ministro da Fazenda". Na quinta-feira (4), Fernando Haddad admitiu a possibilidade de fazer um aporte — repasse direto de recursos — para socorrer os Correios. Direção dos Correios envia comunicado a funcionários informando que insistirá em empréstimo de R$ 20 bilhões Reprodução/TV Globo Questionado por jornalistas se o aporte seria a medida mais provável hoje, frente aos juros altos pedidos pelos bancos para emprestar para a estatal, Haddad respondeu que "pode haver [aporte], pode ser". "O Tesouro está estudando. Nós vamos considerar todas as variáveis para tomar decisão. Nós precisamos, antes, aprovar o plano de recuperação [dos Correios]. Nós não vamos fazer um aporte sem o plano de recuperação aprovado", disse Haddad. O ministro ressaltou que, "se houver algum aporte, é dentro das regras atuais" do arcabouço fiscal. O que diz o comunicado O texto enviado pelos Correios aos seus funcionários diz que, "para garantir continuidade e previsibilidade às nossas operações, há uma necessidade de recursos financeiros da ordem de R$ 20 bilhões, sendo parte para 2025 e o restante para 2026". "Foi negociada uma operação de crédito e encaminhada para análise da Secretaria do Tesouro Nacional, órgão que dará a garantia para que a operação seja concretizada. Até o momento, não houve uma evolução por motivo de discordância da STN [Secretaria do Tesouro Nacional] em relação às condições financeiras propostas pelos bancos", informa o comunicado. "A busca por recursos financeiros demanda negociações e diálogo técnico contínuo entre os Correios e o Tesouro Nacional. Como parte do processo de análise, estão sendo discutidos ajustes nas condições financeiras para garantir a proposta mais equilibrada, com menor custo e maior segurança para a empresa. Todo esse rito está sendo conduzido com responsabilidade, foco na liquidez imediata e alinhamento ao Plano de Reestruturação, que dá a segurança técnica para todas as partes envolvidas", afirma.