'Droga de baladinha': cetamina apreendida na região de Campinas era vendida como alucinógeno no Sul do país, diz polícia
Operação contra tráfico de drogas prende 3 pessoas na região As 1.418 ampolas de cetamina (medicamento de uso veterinário) apreendidas em uma operação co...
Operação contra tráfico de drogas prende 3 pessoas na região As 1.418 ampolas de cetamina (medicamento de uso veterinário) apreendidas em uma operação contra o tráfico de drogas, nesta quarta-feira (3), na região de Campinas, eram desviadas para ser vendidas como drogas alucinógenas em festas nos estados do Paraná e Santa Catarina, segundo a Polícia Civil de Estiva Gerbi. Três pessoas foram presas na região. Entenda abaixo. "Segundo as investigações, o material [cetamina] era desviado para ser utilizado como drogas de 'baladinha' [...] Aparentemente, iam para Balenário Camboriú", disse a delegada Gisele Castelo. Segundo a polícia, o material apreendido pode valer mais de R$ 560 mil no mercado de tráfico de drogas. A ação foi coordenada pelas polícias civil e militar do Paraná, em conjunto com o Ministério da Agricultura e da Pecuária (MAPA), e cumpriu 12 mandados de busca e apreensão em cinco estados. Veja cidades onde ocorreu a operação: Paraná: Curitiba e Fazenda Rio Grande; São Paulo: Mogi das Cruzes, Itapira, Estiva Gerbi, Valinhos, Indaiatuba, Campinas e São José do Rio Preto; Minas Gerais: Belo Horizonte; Mato Grosso: Várzea Grande; Rio de Janeiro: Macaé. Foram presos um casal de Mogi Guaçu (SP), um morador de Itapira (SP) e outro de Curitiba (PR). Duas caminhonetes que pertenciam ao casal também foram apreendidas. O material apreendido e os três presos foram levados à delegacia de Estiva Gerbi, onde parte das ampolas foi encontrada. De acordo com a investigação, o esquema movimentou cerca de R$ 10 milhões com a venda irregular da substância entre fevereiro e abril deste ano. ➡️As investigações sobre roubos de cetamina em Estiva Gerbi e Mogi Mirim já haviam resultado na prisão de três homens em outubro. Operação contra o tráfico prende três e apreende 1,4 mil ampolas de anestésico para cavalos no interior de SP Polícia Civil/Divulgação Venda ilegal de cetamina De acordo com a Polícia Civil, a cetamina é um medicamento anestésico que só pode ser comprado por médicos veterinários e deve ser guardado em local com chave por pessoas registradas Ministério da Agricultura e Pecuária. Cada compra gera um número de registro que é mapeado pelo Ministério. Segundo as autoridades, parte dos medicamentos apreendidos nesta quarta foi localizada em uma loja de plantas ornamentais em Estiva Gerbi, onde a responsável foi presa. O restante estava na casa da mesma mulher, em Mogi Guaçu, e o marido dela também foi preso em flagrante. "Nas caixas dos produtos, foram retiradas as etiquetas [...] Várias irregularidades foram constatadas. Segunda as investigações, houve um entendimento pelo crime do tráfico de drogas", explica a delegada. Ainda segundo Gisele Castelo, delegada que atua em Estiva Gerbi, notas que teriam sido emitidas nas cidades de Estiva Gerbi e Mogi Guaçu foram para o estado do Paraná. Início das investigações A investigação da Polícia Civil (PC-PR) começou após a apreensão de 1.171 unidades de cetamina realizada pela PM em maio deste ano, segundo apurou o g1 PR. A substância foi encontrada em uma casa no Bairro Alto, em Curitiba. O material estava acompanhado de notas fiscais e prescrições assinadas por uma médica veterinária, mas despertou suspeita, segundo a polícia. Depois de analisar os documentos, os investigadores identificaram pagamentos em espécie que ultrapassavam R$ 100 mil, além de compras fracionadas em diversas notas fiscais emitidas com poucos minutos de diferença, levantando a suspeita de que a aquisição tinha objetivos ilícitos. Médica veterinária solicitou aquisição de 28 mil unidades Segundo apurou o g1 PR, de acordo com a delegada Paula Christiane Brisola, a investigação verificou que a prescritora dos medicamentos apreendidos era uma médica veterinária recém-formada. Disse ainda que, entre fevereiro e abril deste ano, ela solicitou a autorização ao órgão federal para aquisição de 28 mil unidades do medicamento. O nome da médica veterinária não foi revelado nem detalhes sobre a investigação contra ela. Com essas informações, a polícia mapeou a estrutura do grupo, que, segundo a investigação, atuava na prescrição, distribuição e venda ilegal do anestésico no Paraná e em Santa Catarina. VÍDEOS: Tudo sobre Campinas e Região Veja mais notícias sobre a região na página do g1 Campinas.