Em 1ª votação, PLOA de 2026 é aprovado com limite de 5% na movimentação de receitas em MT
Palácio Paiaguás Assessoria O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026 foi aprovado pelos deputados estaduais, em primeira votação, nesta quarta-f...
Palácio Paiaguás Assessoria O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026 foi aprovado pelos deputados estaduais, em primeira votação, nesta quarta-feira (3) com apenas dois votos contrários e com a inclusão de uma emenda que limita em 5% a movimentação de receitas do governo estadual. Na prática, essa emenda significa que se o governo estadual quiser abrir créditos especiais acima desse percentual terá que passar por aprovação em plenário pelos deputados. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MT no WhatsApp A proposta volta a tramitar na Assembleia Legislativa para uma segunda votação antes de ir à sanção do governador Mauro Mendes (União). O assunto também deve ser discutido, na próxima semana, na Comissão de Fiscalização e Acompanhamentos da Execução Orçamentária (CFAEO). O PLOA estima em R$ 40,79 bilhões as receitas e despesas do próximo ano, o que representa uma alta de 10% quando comparado com o orçamento deste ano. Para chegar a esse valor, a Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) projeta arrecadar R$ 36,57 bilhões das receitas correntes, sendo R$ 29,75 bilhões apenas de impostos. A principal fonte do estado continua sendo o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que representa 87,8% da receita tributária. Veja os vídeos que estão em alta no g1 🔎O que é ICMS? É um tributo estadual que incide sobre a venda de produtos, a prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, e de comunicações. Esse imposto costuma ser cobrado em praticamente todas as etapas da cadeia de consumo — da produção até a comercialização — e representa a principal fonte de receita dos estados. A proposta orçamentária ainda prevê um aumento de 14,23% nos investimentos voltados à infraestrutura, saúde, educação e segurança pública. Atualmente, o governo passa por um contingenciamento no orçamento deste ano, afetando especialmente as áreas de educação e previdência. Para assegurar esses investimentos, a Sefaz informou que as principais fontes de financiamento são de recursos de livre alocação e, também, vem de contribuições do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab). A Sefaz disse ainda que no montante total não houve frustração de receitas e o contingenciamento foi feito apenas em fontes de recursos específicas. 💰Novo limite Na discussão na Assembleia Legislativa, os deputados aprovaram a inclusão de uma emenda apresentada pelo parlamentar Lúdio Cabral (PT) que reduz de 20% para 5% o limite de movimentação das receitas, e caso o governo queira abrir créditos acima deste teto, os deputados devem apreciar o tema em plenário. Outro detalhe discutido pelos parlamentares é a emenda que busca garantir que parte do excesso da arrecadação do governo seja usada para pagar as perdas com a Revisão Geral Anual (RGA), em torno de 20%, conforme um estudo do Departamento Intersindical de Estudos e Estatisticas (Dieese). Deputados da oposição ainda criticaram a proposta orçamentária por prever uma receita superestimada, ou seja, acima do que será realizada no próximo ano. 📊O que prevê o PLOA A proposta foi dividida em seis eixos temáticos. No eixo social, que inclui educação, saúde, segurança pública e assistência social, e concentra a maior parte dos recursos, está estimado em R$ 13,25 bilhões. Nele estão incluídas iniciativas como construção, ampliação e modernização de hospitais regionais, além de reformas e implantação de novas unidades escolares, de acordo com a Sefaz. Do total das despesas, 85,6% são voltadas a gastos correntes, como folha de pagamento, encargos sociais e manutenção da máquina pública, segundo a Sefaz. Os outros 14,4% correspondem a investimentos, inversões financeiras e amortização da dívida pública. Já o eixo de infraestrutura destina R$ 3,22 bilhões a rodovias, obras e transportes, com destaque para programas de pavimentação, manutenção e construção de pontes. Uma das metas para nessa área inclui pavimentar mais 691 km de rodovias estaduais, conforme a Sefaz. No eixo econômico, voltado ao desenvolvimento produtivo, à agricultura e ao turismo, soma R$ 1,54 bilhão. E o eixo institucional, que inclui os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, totaliza R$ 6,72 bilhões; o eixo digital tem R$ 132,35 milhões e a área ambiental, R$ 425,30 milhões.